Fundação


A sede do novo que esmaga o velho

É sede burra e vadia, sede de escaravelho

Que sobe a escada pelo topo

E, no alto da glória, nota que é oco


Sede de esbravejar disparates e condenações

Que ignora o caminho e as provações

Garganta ávida por novidade

Não vê no velho a atualidade


Sede que clama por fama

Clama, clama e não me engana!

Sede digna a que se funda no passado

E, espraiando-se, então

Se lança no inalcançado.

Comentários

Anônimo disse…
tema e musicalidade perfeitos, pelo menos pra mim.

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