Coisinhas.


Tenho ódio que profanem minhas coisinhas. Quando elas nunca foram minhas, nem coisinhas, então minha boca espuma. Mas profanam-na, difamando, banalizando. O ódio que eu sinto não é importante, mas quando exaltam o próprio molenguismo matando minhas coisinhas que não são minhas nem coisinhas... é como pegar nas mãos a melhor das sedas e dizer: brim. Como ler o melhor dos escritores e dizer: neguinho deprimido e amargurado. É ter diante de si Clarice Lispector e perguntá-la que marca de cigarro fuma. Fazer joguinhos mal jogados de palavras e rotular ‘clariceano’... É como indagar só porque parece existencialista, é como encher a boca de bosta e cuspi-la em quem for frágil demais pra perceber que bosta também tem enfeite...Ai, academicismos.

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