Eu que me vê(jo)


Existe um eu pálido e demoníaco, um eu do olhar paralítico
Um eu de cera, entalhado de vilezas e vida pasmaceira
Existe um eu energético, um eu forte, e eu: patético
Um eu que me ameaça e se ameaça e um eu como eu: um eu só desgraça
Existe um eu que decidiu ajudar tentando a sorte, esperando quieto a chegada da morte
Existe um eu que não me deixa, um eu que me fecha
Um eu que é eu, um eu baixo, plebeu
Existe um eu tentando ser altruísta
Só há uma forma: me perder-se de vista

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não sou Pessoa
tenho pessoas
que nada mais são
que eu: eus.
Máscaras do mesmo ser.
(Daniel Prestes

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